No Senado
A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no Senado, realizou, na tarde desta quarta-feira, Bruno Tolentino, tio do jogador Lucas Paquetá. Tolentino, entretanto, não respondeu a nenhuma pergunta feita pelos senadores. Ele recebeu um habeas corpus do STF, que o permitia se manter em silêncio durante a audiência.
Durante o depoimento, Tolentino respondeu apenas à pergunta do presidente da CPI, Jorge Kajuru (PSB/GO), que tinha dois filhos. Para todos os outros questionamentos, o tio de Lucas Paquetá disse que, por orientação dos advogados, ele ficaria em silêncio.
Por sugestão do relator da comissão, o senador Romário (PL/RJ), a comissão apreciará nas próximas reuniões, um requerimento que pede a quebra dos sigilos telefônico e telemático, que diz respeito a mensagens eletrônicas, de Bruno Tolentino.
O meia do West Ham é investigado na Inglaterra por supostamente se envolver com manipulação de partidas da competição inglesa. Luiz Henrique, atualmente no Botafogo, também foi citado na mesma investigação, mas não responde a qualquer processo na Inglaterra ou na Espanha. À época dos jogos investigados, Luiz Henrique defendia o Real Bétis, da Espanha.
Segundo o portal UOL, Bruno Tolentino foi autor de duas transferências no valor de R$ 40 mil para o atacante Luiz Henrique, fato que era desconhecido pela Federação Inglesa.
A argumentação do senador Jorge Kajuru, relator do requerimento de convocação é que a presença de Tolentino seria importante para que ele pudesse elucidar em que contexto foram feitas as transferências bancárias e os impactos das apostas nas partidas. No depoimento desta quarta-feira, o tio de Paquetá se manteve em silêncio quando perguntado sobre o assunto.
A comissão já aprovou um requerimento de convocação a Paquetá que, por meio de seus advogados, pediu que seu depoimento fosse colhido no início de janeiro, quando a defesa dele já tivesse sido apresentada à Federação Inglesa. O pedido foi acatado pelos senadores.
Ainda na reunião desta quarta-feira, a CPI aprovou o convite a sete árbitros afastados pela CBF após atuações polêmicas no Campeonato Brasileiro. São eles: Ramon Abatti Abel, Braulio da Silva Machado, Flávio Rodrigues de Souza, bem como Diego Pombo Lopez, Pablo Ramon, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral e José Claudio Rocha Filho.
Por Lucas Magalhães