Nova regra da FIFA pode mudar o futebol como conhecemos

A FIFA avalia proibir transferências entre clubes pertencentes ao mesmo grupo empresarial

A ideia é garantir maior estabilidade nos contratos e evitar movimentações estratégicas que priorizem interesses comerciais acima do esporte. Essa mudança busca também reduzir a vantagem que conglomerados possuem no mercado de transferências.

O movimento surge como resposta a práticas de “corredores de desenvolvimento”, em que atletas circulam entre clubes do mesmo grupo para ajustar elencos ou acelerar o amadurecimento técnico. Se aprovada, a regra impactará diretamente essas operações internas.

Quais são os efeitos atuais dos grupos multiclubes no futebol?

Grupos multiclubes movimentam jogadores entre diferentes equipes com liberdade, otimizando recursos humanos e acelerando o desenvolvimento de talentos. Essa flexibilidade proporciona vantagens estratégicas tanto no aspecto esportivo quanto financeiro.

Por outro lado, levanta questionamentos sobre equilíbrio competitivo, já que clubes independentes enfrentam dificuldades para competir na contratação e valorização de atletas. Essa disparidade é um dos pontos centrais na justificativa da FIFA para a nova medida.

Como a medida da FIFA pode afetar o Botafogo e o Lyon?

O caso Botafogo-Lyon ilustra o problema. Ambos ligados ao grupo Eagle Football, foram alvo de polêmica por supostas transferências abaixo do valor de mercado, beneficiando o clube francês. Esse tipo de negociação está no alvo da proposta.

A restrição busca evitar conflitos de interesse e preservar a integridade das competições. Assim, transações entre clubes sob o mesmo controle deixariam de ser uma ferramenta de manipulação comercial e esportiva.

Quais mudanças a medida da FIFA trará para investidores e grupos?

• Redução da liberdade de movimentar atletas entre clubes do mesmo grupo.
• Necessidade de rever estratégias de formação e negociação.
• Maior pressão para contratos mais longos e estáveis.
• Reestruturação de ativos e parcerias para manter competitividade.

Quais são as possíveis consequências a longo prazo?

Se implementada, a regra poderá redefinir o funcionamento de holdings no futebol. Empresários como John Textor, que já iniciou ajustes em seus investimentos, precisarão diversificar e adaptar rapidamente suas operações.

A medida também reforçará a busca por transparência e equidade. Ainda que não formalizada, já estimula debates e pressiona clubes e investidores a se prepararem para um mercado mais equilibrado e voltado ao mérito esportivo.

Por

 José Gustavo

Justiça condena mais um ex-dirigente do Inter

Por desvios milionários

A Justiça condenou o ex-vice de Patrimônio do Inter Emídio Marques Ferreira a 10 anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado por crimes cometidos no clube durante a gestão 2015/16.

Ele também terá de indenizar o clube pelos desvios de verbas do período. A sentença é consequência da Operação Rebote, do Ministério Público, que apurou ilegalidades no comando do clube naquele biênio. A decisão cabe recurso.

Emídio Ferreira foi condenado por 209 práticas de estelionato e organização criminosa. Junto aos demais dirigentes condenados da época, o então presidente Vitorio Piffero e o vice de Finanças Pedro Affatato, teria participado de desvios de verbas em obras do Beira-Rio.

Todos precisarão ressarcir o Inter em mais de R$ 12 milhões. Ferreira também terá de pagar uma multa de R$ 607 mil.

De acordo com Ministério Público, os dirigentes teriam desviado do Inter cerca de R$ 12,8 milhões, destinados a oito empreiteiras – uma inativa e outras existentes só no papel ou sem porte para atender o clube.

Além da pena de prisão, os réus e os donos das empresas condenadas devem ressarcir o clube de todos os valores obtidos indevidamente. A divisão dos valores ainda não foi estabelecida.

Em sentenças anteriores, a Justiça condenou Vitorio Piffero a 10 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, por estelionato e formação de quadrilha. Já Affatato, antigo vice-presidente de Finanças, recebeu uma pena de 19 anos e oito meses pelos dois crimes e por lavagem de dinheiro. Eles recorrem em liberdade.

A defesa de Emídio Ferreira foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.

Por Rafael Diverio, de GZH

David Luiz rescinde com Fortaleza

E acerta com o Pafos FC, do Chipre

O zagueiro David Luiz rescindiu com o Fortaleza e vai jogar no Chipre. O destino é o Pafos FC. O contrato com o clube cipriota é de três anos. O ge apurou que a rescisão foi amigável. O defensor se despediu do elenco e funcionários nesta sexta-feira (1).

As lesões acabaram atrapalhando o desempenho do atleta em busca da titularidade. Ele deixa o clube com apenas 16 jogos feitos, dos quais 13 foram como titular. Sua última partida foi no dia 12 de junho, na derrota por 3 a 2 contra o Santos, há quase dois meses. Sem ser relacionado, ele chegou a treinar o meia Kervin Andrade, da base do Fortaleza.

David Luiz, de 38 anos, chegou ao Fortaleza no começo da temporada, quando o time ainda era comandado por Vojvoda. Antes, o experiente zagueiro atuou por Vitória, Benfica, Chelsea, PSG, Arsenal e Flamengo. Ele tem 57 jogos pela seleção brasileira.

O Fortaleza está classificado para as oitavas de final da Libertadores, mas vive uma má fase, no Z-4 da Série A, com apenas 14 pontos somados.

David Luiz tinha contrato com o Laion até 31 de dezembro de 2026, com opção de renovação por mais um ano. O zagueiro multicampeão chegou ao Tricolor sem custos.

Por Juscelino Filho