“Pensamos que com essa demanda
os clubes, possam arrecadar mais dinheiro e ter cada vez mais a sua
independência”.
O Senado aprovou nesta terça feira (24) projeto que atribui exclusivamente ao clube mandante das partidas de futebol os chamados direitos de arena, referentes à transmissão ou reprodução de jogos.
O tema já havia sido tratado pela Medida Provisória 984/2020, que perdeu a vigência sem ter sido votada. As mudanças ocorrerão na Lei Pelé que prevê a divisão dos direitos de imagem entre o dono da casa e o adversário.
O placar na votação foi de 60m votos a favor e nenhum voto contra.
Em suma, a Lei Pelé sofre uma alteração para estipular que pertence ao clube mandante a prerrogativa de negociar suas transmissões, independentemente de contratos firmados pelo visitante.
A Lei do Mandante é uma
demanda dos clubes que foi transformada em projeto de lei pelo Executivo. A
tramitação foi em caráter de urgência.
O formato da lei que foi
aprovado diz que os contratos em vigor não sofrem alteração. Esse artigo vem a
calhar para a Globo, que detém maior fatia dos acordos de transmissão com os
clubes. Ao mesmo tempo, o texto estabelece que clubes atualmente sem contrato
de transmissão dos seus jogos já podem negociá-los no novo formato, sem
depender dos visitantes.
O efeito prático da Lei do
Mandante será sentido primeiro, de forma mais notória, na Série B do
Brasileirão. É que os contratos atuais com a Globo expiram em 2022 e a
negociação para o novo ciclo se aproxima. Na Série A, os contratos, em geral,
terminam em 2024.
Mais cedo, o relator Romário
teve uma reunião com representantes de clubes. “As medidas são positivas e
tendem a trazer bons frutos para o ecossistema do esporte profissional
brasileiro, especialmente para o futebol”, escreveu Romário em seu relatório,
lido no plenário do Senado.
Em carta enviada aos clubes
nesta semana, a Globo disse que a Lei do Mandante é “um avanço no caminho de
dar mais autonomia e flexibilidade, desde que respeitados os contratos já
celebrados, em prol da segurança jurídica de todo o sistema”.
Retirado de: UOL / gaveanews
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