Juninho admite que Neymar tinha 'regalias' na seleção brasileira
O ex-dirigente chamou de "mentirosas" as críticas de que o astro do PSG "mandaria" na equipe canarinho. No entanto, salientou que, assim como ocorre com superstars como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, o camisa 10 tinha algumas diferenças de tratamento por ser um líder técnico do elenco.
Para ilustrar a situação, Juninho relembrou inclusive a relação entre o técnico
Luiz Felipe Scolari e o centroavante Ronaldo "Fenômeno" no grupo da Copa do Mundo de 2022, no qual R9 também tinha suas "regalias".
"O Neymar olha o Messi na seleção argentina com regalias. Ele olha o Cristiano Ronaldo na seleção portuguesa com algumas regalias. E aí ele vem para a seleção brasileira e é humanamente normal, porque está no nível desses jogadores, que tente algum tipo de regalia. Por ser tecnicamente o melhor jogador do Brasil. Só que aí cabe a nós mostrarmos a ele que algumas situações que não prejudique, OK. Outras, não. Na maioria dos casos, ele vai fazer o que fazem todos os jogadores", iniciou.
"Foi assim que o Felipão fez com o Ronaldo em 2002. Era uma referência técnica também para o grupo. E o Neymar entendeu perfeitamente, zero problema", acrescentou.
Questionado sobre quais tipos de privilégios Neymar tinha durante a gestão Tite, Juninho preferiu não responder.
"Coisas bobas que não prejudicariam a gente", limitou-se a dizer.
Perguntado se o craque tinha permissão para receber parentes e amigos no hotel da seleção, porém, o ex-coordenador negou.
"Não, isso é uma das coisas que não podia. Cara, você está 30 dias ali focado naquilo que você tem que fazer. Houve a permissão de familiares no momento certo, não em todo momento. Foi uma coisa que eles observaram em 2018 e que não deu tão certo e a gente mudou. Mas em termos disciplinares foi zero. Neymar, como qualquer outro jogador, foi zero de problema disciplinar", assegurou.
Isso é muito mérito nosso também. A geração é diferente da anterior, é diferente da minha, não é 'não porque não'. Tem que ter embasamento", complementou.
Juninho Paulista deixou o cargo de coordenador da seleção após a queda do Brasil na Copa do Mundo de 2022, no Qatar.
Atualmente, o cargo está vago na CBF, enquanto a Confederação anunciou recentemente a contratação de Fernando Diniz como treinador interino até o meio do ano que vem.
Por: ESPN.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário